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Conversas Maternas - Eduardo Duarte
Foto do escritorSamantha Valdívia

Ansiedade em crianças

Desacelerar e demonstrar paciência: o exemplo que fortalece os filhos com equilíbrio e confiança.


Ansiedade em crianças e jovens

A pressa e correria dos pais pode afetar o bem-estar emocional dos filhos, e gerar ansiedade em crianças e jovens.


Principalmente quando envolve uma pressão excessiva, falta de tempo e atenção. Quando os pais estão frequentemente apressados ou ansiosos, acabam criando um ambiente de constante urgência. Essa estado de alerta, afeta o cérebro de maneira significativa.


Ansiedade em crianças: entenda

Quando o ser humano - seja ele adulto ou criança - se depara com situações de estresse, o cérebro envia sinais de alerta para o corpo através do hormônio cortisol. É aquela situação conhecida como "luta ou figa". Então o cortisol, que é o hormônio do stress, é liberado para lidar com essas situações.


Quando esse quadro acontece com frequência, o estresse se torna crônico e influencia negativamente os sentimentos e o comportamento das crianças. Quando esse processo se inicia na infância, acaba se arrastando também para a adolescência e depois na vida adulta.


Pais ansiosos, filhos ansiosos

Ansiedade em crianças e jovens

A rotina acelerada dos pais pode impactar o bem-estar emocional dos filhos. Muitas vezes, na correria do dia a dia, eles não têm tempo para ouvir, compreender ou dar atenção às emoções das crianças, o que pode gerar sentimentos de negligência ou insegurança.


Além disso, ao exigir inconscientemente que os filhos acompanhem seu ritmo apressado, os pais acabam criando uma pressão que as crianças, ainda em desenvolvimento, não conseguem suportar.


Esse cenário pode levar ao surgimento de ansiedade e ao medo de não corresponder às expectativas, afetando diretamente a autoconfiança e o senso de pertencimento dos pequenos.


Ansiedade x paciência

Ansiedade em crianças e jovens

Outro fator preocupante é a falta de paciência, que frequentemente se manifesta em momentos de pressa.


Os erros e dificuldades naturais das crianças podem ser recebidos com cobranças por resultados imediatos, o que intensifica sua sensação de inadequação e medo de falhar.


Ao observar comportamentos ansiosos e estressados em casa, as crianças tendem a internalizá-los, desenvolvendo respostas semelhantes diante de desafios diários.


A ausência de rotina e previsibilidade, somada à falta de momentos de lazer e convivência familiar, agrava ainda mais essa situação, privando-as da segurança emocional necessária para crescerem de forma saudável e equilibrada.


Veja algumas situações que podem gerar ansiedade em crianças e jovens:


  • Falta de tempo para se conectar emocionalmente;

  • Pressão para acompanhar o ritmo dos pais;

  • Falta de paciência;

  • Padrão de comportamentos ansiosos

  • Incerteza e falta de rotina;

  • Falta de tempo para estreitar os laços familiares.


Sabemos que não é fácil! Mas é importante tentar observar a criança para entender do que ela precisa. Pequenas mudanças no dia a dia podem resultar num grande avanço no bem-estar e na saúde dos jovens e criancas. Para entender melhor, vamos aprofundar em cada um desses aspectos?


  1. Falta de tempo para se conectar emocionalmente:

    Quando os pais estão correndo, eles podem não ter tempo para ouvir, compreender ou dar atenção as emoções e sentimentos dos filhos e isso pode gerar sentimentos de negligência ou insegurança nas crianças, que não se sentem apoiadas e acolhidas.


  1. Pressão para acompanhar o ritmo dos pais: Se os pais estão sempre correndo e apressados, inconscientemente, acabam exigindo que os filhos também sejam rápidos, isso pode fazer com que as crianças sintam que precisam corresponder às expectativas em um ritmo que ainda não conseguem acompanhar. Isso cria um ciclo de pressão que pode levar à ansiedade e ao medo de não ser bom o suficiente e não agradar os pais.


  1. Falta de paciência: Quando os pais estão apressados, sem perceber, acabam demonstrando menos paciência com as dificuldades ou erros dos filhos, cobrando resultados imediatos e assertivos. Isso pode aumentar a sensação de inadequação e gerar ansiedade nas crianças, que ficam com medo de errar ou falhar.


  1. Padrão de comportamentos ansiosos: Quando as crianças veem os pais constantemente estressados ou apressados, elas podem internalizar esses comportamentos e começar a desenvolver padrões de respostas ansiosas diante de situações do dia a dia. Elas aprendem, de maneira inconsciente, a reagir com pressa e ansiedade aos desafios da vida.


  1. Incerteza e falta de rotina: A correria e o excesso de atividades podem gerar uma sensação de caos, sem previsibilidade ou rotina. As crianças, principalmente as mais novas, dependem da rotina para se sentirem seguras. A falta de disciplina e constância no dia a dia podem aumentar a ansiedade, pois as crianças não sabem o que esperar ou como se preparar para o que vem a seguir.


  1. Falta de tempo para estreitar os laços familiares: Quando os pais estão apressados, as atividades de lazer e os momentos de relaxamento podem ser negligenciados. O tempo para brincar, explorar e descansar é crucial para o desenvolvimento emocional das crianças. Sem esses momentos, elas podem se sentir sobrecarregadas e ansiosas.


Portanto, é essencial que os pais busquem equilibrar suas rotinas e dedicar tempo de qualidade aos filhos, priorizando momentos de conexão e acolhimento. A criação de um ambiente previsível, com rotinas claras e espaço para brincadeiras e diálogos.


Desacelerar e demonstrar paciência! Assim, os pais ensinam, pelo exemplo, a lidar com os desafios da vida de forma mais tranquila e confiante, ajudando os filhos a crescerem com mais equilíbrio e resiliência.

 

*Samantha Valdívia é pedagoga, pós-graduada em Neuropsicopedagogia, mãe da Julia e do Caio, trabalha desde 2015 com crianças na Educação Infantil e como professora de Inglês. Fez cursos e formações nas áreas de Inteligência Emocional para Crianças, formação em Yoga para Educação, Psicologia da Felicidade e Bem-estar e TiNis: Infância na Natureza.

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Mãe de primeira viagem

Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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