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Conversas Maternas - Eduardo Duarte

Arte, ponte para dois mundos

Atualizado: 11 de jan. de 2023



Quando nasce um bebê, também nasce uma mãe, um pai, um avô, uma avó, uma tia, um irmão. Acontece então uma “revolução familiar”. O bebê que habita um apartamento ou uma casa causa transformações sem fim. Novos sons são ouvidos, o choro, por exemplo, toma conta do espaço, o cheiro de bebê torna-se o novo aromatizador de ambiente e dormir torna-se algo raro para todos, mas o sorrir algo constante. Cada acontecimento causa comentários, espantos e surpresas. E as primeiras conquistas do bebê? Essas arrancam choros de alegria. São muitas emoções misturadas.


"Ao cantar, ao dançar, ao brincar durante as vivências artísticas com o seu bebê, as famílias aproximam o universo infantil do universo adulto e a ARTE forma essa ponte entre esses dois mundos. Com todo seu poder de aprofundar os sentimentos e emoções nas pessoas."

A família, após os primeiros meses de convívio com aquele ser, vai se adaptando e encontrando os caminhos para que a harmonia entre os hábitos antigos e novos aconteça. De repente, olha-se pela janela e avista-se uma pracinha. A vontade de levar o bebê para passear, tomar sol e respirar lá fora fica grande. As paredes da casa acabam por aprisionar as possibilidades de todos. Então, inicia-se o processo de saída. Carrinho, mamadeira, água, papinha, fralda, mochila e outras mil coisas. Mil não, um milhão de coisas. As saídas são rápidas e ainda um pouco tensas. Mas tudo é muito intenso. A borboleta que voa parece mágica, os sons da cidade e da natureza vão voltando a fazer parte da vida da família e o bebê começa a sua linda, vasta e infinda jornada de conhecer e explorar as possibilidades que o mundo oferece.


Depois desse momento de respirar e expandir os sentidos, novos processos vão se dando. Para muitas famílias chega o momento de possibilitar a socialização do bebê. E como é importante essa fase. As festas de aniversário começam a surgir e o convívio com outros bebês vai se dando. Antes de procurarem uma escola, há a possibilidade de vivenciarem experiências em centros de desenvolvimento infantil ou atividades que aconteçam nas suas casas mesmo ou dos vizinhos, como é o caso das experiências artísticas dedicadas aos bebês, a musicalização, por exemplo.


Inicialmente muitos responsáveis acham que essas experiências são recreativas, apenas um entretenimento. Pensam que é um momento para falarem ao telefone, responderem aquela mensagem do trabalho, conversarem...Enfim...Muitas interpretações equivocadas sobre as atividades artísticas são geradas. Mas isso é “natural”, é algo “esperado”, já que é tudo muito novo. E é importante pontuar que esse adulto passou muito tempo longe da ARTE... Muito tempo esquecendo do seu lado sensível. Cabe ao profissional que está desenvolvendo o trabalho artístico direcionar o olhar e a escuta desse adulto para que ele compreenda a importância da conexão que a ARTE estabelece naquele momento com aquele bebê e a conexão que o bebê estabelece com a sua mãe, seu pai, sua avó, seu avô, com o acompanhante do bebê em geral através da ARTE.


Eu como artista e educadora, sinto que é muito bonito e interessante ver a transformação das famílias ao compreenderem a relevância desse trabalho. E também, é claro, quando elas começam a sentir no coração o que causa uma música, uma brincadeira, um riso, uma dança. Quando elas embarcam no trem da ARTE junto com os bebês e crianças, passam a descobrir, ou melhor, a redescobrir a ARTE nelas e o sensível nelas. Começam a mergulhar nas possibilidades que o mundo da imaginação proporciona e a brincar junto com seu bebê, observar os seus processos, notar mudanças de comportamento depois das vivências artísticas e a perceber que o verdadeiro desenvolvimento infantil precisa acontecer com bases sólidas de afeto e relação amorosa e sensível. E nada melhor do que fazer essa magia acontecer em família e com a ferramenta da ARTE.

Compreendida a relevância dos vínculos afetivos, agora a família que antes pensava que as vivências artísticas eram somente entretenimento para o seu bebê, passam a valorizar também a qualidade com que é vivida a primeira infância. Esse período que as pessoas tem a tendência a olhar como uma fase simples, mas que na verdade é crucial para o desenvolvimento dos pequenos.


Ao cantar, ao dançar, ao brincar durante as vivências artísticas com o seu bebê, as famílias aproximam o universo infantil do universo adulto e a ARTE forma essa ponte entre esses dois mundos. Com todo seu poder de aprofundar os sentimentos e emoções nas pessoas.


* Julia é formada em Licenciatura em Teatro e Pós- graduada em Música. Hoje, Julia estuda Arte-Terapia e Terapia do som, conhecida como "Sound Healing"

1 Comment


Unknown member
Aug 29, 2022

Adorei o texto, Julia!

Reflexões importantes sobre o tornar-se humano e a relevância das experiências artísticas para esse processo.

Como educadora e mãe, considero fundamental a temática por você.


Parabéns!

Parabéns também à revista pelo espaço significativo para a Arte.

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Mãe de primeira viagem

Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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