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Conversas Maternas - Eduardo Duarte
Foto do escritorPor Sabrina Aleixo

Avaliação auditiva: como funciona?


Avaliação auditiva: como funciona - crianças com sinos nas mãos, ouvindo o som.

Início de ano letivo é assim... o sabor de recomeço está no ar! As mães e os pais se conectando com as necessidades de seus filhos. Para o universo da escola, todos atentos nas compras dos materiais, dos uniformes e aos exames de rotina.


Um novo ciclo chega, novos aprendizados estão por vir. Sim, sentimentos de alegria e esperança tomam contam das famílias com a nova etapa que chega.


Nesse começo, as mães e pais estão nessa expectativa do crescimento de seus filhos, cada detalhe e cuidado é bastante importante para o início do ano letivo. É o momento ideal para observar se os exames que contemplam os sentidos foram atualizados.


As crianças precisam que os seus sentidos estejam íntegros para que possam aprender de forma plena. Além do exame com o pediatra e oftalmologista, é importante que os pais se atentem para o exame audiométrico.


PERDA AUDITIVA

A audição é um dos sentidos e tem grande importância para a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e escrita da criança. Se a criança tiver algum impedimento na audição, isso pode levar a interferir no processo de aprendizagem, prejudicando a alfabetização.


A perda auditiva pode ocorrer de forma parcial ou total, em um ouvido (unilateral) ou nos dois ouvidos (bilateral). Os tipos de perdas auditivas, são: condutiva, neurossensorial/sensorioneural, mista e neural. Vou explicar melhor pra vocês:


  • Perda Auditiva Condutiva: É quando existe um problema no ouvido externo ou médio que impeça que o som seja conduzido de forma adequada.

  • Perda Auditiva Neurossensorial: Resultado da falta ou dano de células sensoriais (células ciliadas) na cóclea.

  • Perda Auditiva Mista: Uma combinação de uma perda auditiva neurossensorial e condutiva, ou seja, resultado de problemas em ambos os ouvidos: interno e externo ou médio.

  • Perda Auditiva Neural: Ausência ou dano do nervo auditivo. É permanente e pode ter resultados limitados com a reabilitação auditiva, pela falha de nervo auditivo há grande dificuldade na transmissão dos sinais sonoros ao cérebro.


GRAUS DA PERDA AUDITIVA

As perdas auditivas são divididas em graus: leve, moderada, severa e profunda.

Agora, vou explicar melhor quais são as dificuldades das crianças em cada grau.


Perda auditiva leve:

tem dificuldade em ouvir a fala cochichada ou falada a distância, quando você percebe que a criança fala muito “que?”. Pode apresentar atraso na aquisição da linguagem, trocas de alguns fonemas. Muitas vezes em pares de surdos e sonoros que são fonemas que apresentam produção de fala muito próximos, como por exemplo: F (surdo), V(sonoro), palavras como: fila, vila; faca, vaca. Crianças com essa perda na hora da escrita podem fazer essas trocas e até serem tratadas como desatentas.


Perda auditiva moderada:

terá as mesmas dificuldades das crianças com perda auditiva leve e não escutarão a maioria das palavras de uma conversa falada com intensidade normal.


Perda auditiva severa:

irá escutar se as pessoas falarem alto e bem próximo, podendo observar uma sobre carga na atenção para compreender o que é dito. Aqui na maioria das vezes se faz a necessidade do apoio dos aparelhos auditivos para melhor qualidade de vida e melhorar o processo de aprendizagem.


Perda auditiva profunda:

as crianças só irão ouvir sons muito altos como por exemplo: fogos de artifícios, uma sirene e não ouvem som de voz. O uso de aparelhos auditivos e de implantes cocleares serão necessários.


Existem alguns fatores que causas as perdas auditivas, podem ser eles: otites de repetição, perfuração membrana timpânica, destruição ou ruptura da cadeia ossecular, colesteatomas, meningite, medicação ototóxicas, dentre outros.


Veja agora uma ilustração que mostra a classificação do grau de perda auditiva para crianças de até 7 anos de idade (Northern e Downs, 2002).


Média tonal (500 Hz, 1 kHz e 2 kHz)

Denominação

O que consegue ouvir sem amplificação

0 - 15dB

Audição normal

Todos os sons da fala

16 – 25dB

Ouvidos claramente

Pode perder sons de consoantes surdas

26 – 30dB

Perda auditiva de grau leve

Ouve apenas alguns sons da fala, ou seja, os fonemas sonoros mais fortes

31 – 50dB

Perda auditiva moderada

Perde a maior parte dos sons da fala em um nível de conversação normal

51 – 70dB

Perda auditiva severa

Não ouve os sons da fala no nível da conversação normal

+ 71dB

Perda auditiva profunda

Não ouve a fala ou outros sons

COMO FAZER UMA AVALIAÇÃO AUDITIVA

A avaliação auditiva deve estar atualizada e deve ser feita anualmente. Essa avaliação é feita por um fonoaudiólogo que irá analisar o caso e orientar as famílias se haverá necessidade de exames complementares como de processamento auditivo central; avaliação específicas de leitura e escrita, outros.


A possibilidade de ajuda de profissionais, com equipe interdisciplinar, muitas vezes se fará necessária.


Queridas mães e queridos pais, ficar atentos às necessidades de seus filhos é essencial para que eles tenham um aprendizado pleno, prazeroso e feliz.




*Sabrina Aleixo é fonoaudióloga(CRFa1 13782) e psicomotricista. Especializada em Saúde Mental e Desenvolvimento da Infância e do Adolescente; especializada em Intervenção ABA para Autismo e Deficiência Intelectual.

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Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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