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Conversas Maternas - Eduardo Duarte

Rotina pra comer?


Será que a criança precisa de rotina na alimentação? Sim, precisa! Criança precisa de horário para dormir e para comer muito bem estabelecidos. Assim, ela se sente segura, porque sabe o que vai acontecer. Ao estabelecermos uma hora (que pode atrasar ou adiantar um pouco), damos intervalos regulares e são exatamente eles que permitem que a criança sinta FOME. A rotina é um fator auxilia no mecanismo da fome, e isso não tem nada a ver com não respeitar se a criança está com fome ou não. É exatamente o contrário.


Quando o filho é uma criança “que não come”, que rejeita muitos alimentos, a vontade dos pais é de dar algo a toda hora porque “pelo menos comeu alguma coisa”. Isso faz com que os pais se sintam tranqüilos ao ver a criança alimentada. Porém, ao fazer isso, algumas situações não desejadas ocorrem, como por exemplo:


  • a criança perde a sensação de saciedade a longo prazo, desenvolvendo a necessidade de estar sempre mastigando. Acaba comendo por outros motivos que não o de sentir fome (para agradar aos pais, para ganhar alguma recompensa, por ansiedade...).

  • a criança passa a ter uma alimentação diária menos nutritiva, pois a aceitação de snacks e lanches é mais freqüente.

  • ao ficar comendo muitos lanchinhos, a criança se sente saciada por longos períodos e recusa ou aceita pouca quantidade dos alimentos presentes nas grandes refeições, que são o almoço e jantar. Ao fazer isso, ela deixa de ingerir ou ingere poucas fontes de vários nutrientes, mas principalmente do ferro. Esse hábito que pode levar a um quadro de anemia à longo prazo.

  • -como ela já está seletiva existe uma tendência de aumento da irritabilidade. Sim, ela vai ficar mais irritada e recusar cada vez mais a comida, pois toda hora algo é oferecido para que ela coma. Pensando que isso é algo que ela já não gosta muito de fazer, se torna chato mesmo, né?


Mas isso não quer dizer que os pais tenham que seguir horários muito rígidos. Atrasar ou adiantar um pouquinho o horário da refeição, de acordo com a fome da criança é algo muito normal. Observar que, se a criança acordou mais tarde em determinado dia, vai acabar tomado o café da manhã mais tarde e conseqüentemente vai atrasar um pouquinho o almoço, é algo necessário. Portanto, aí vão algumas sugestões para facilitar a aplicação da rotina na alimentação:


  • Estabeleça horários para refeições principais (almoço e jantar) e lanches.

  • De preferência, siga os horários da família, afinal comer juntos é importante e tem inúmeros benefícios.

  • Além de horários regulares, é importante que existam intervalos regulares entre as refeições, para que a criança possa sentir fome e não entre no ciclo da “saciedade eterna”. Um mínimo de duas horas de intervalo é o recomendado.

  • Evite a presença de telas que são uma distração para a criança. Ao se distrair, ela pode comer sem perceber e até mesmo comer além da sua saciedade. Isso pode deixá-la sem fome por longos períodos, e levar a uma recusa alimentar, atrapalhando a rotina.


Ao sair para passear, carregue algum lanchinho. Assim, se houver um imprevisto, ainda assim o horário da refeição consegue ser mantido. Planeje, programe-se, tenha algo congelado para os dias de correria. Se seu filho for muito pequeno, não espere que ele consiga sentar e esperar a comida em um restaurante, principalmente se ele já estiver com fome. Nesse caso, restaurantes self-service são uma boa escolha.


Faça rotina do sono também, dormir em um mesmo horário todos os dias, regula o ciclo circadiano, faz com que a criança acorde praticamente no mesmo horário todos os dias e ajuda na rotina alimentar, além de tantos outros benefícios que correlacionam sono e alimentação. Mas acho que isso é papo para outra coluna...




*Vanessa é nutricionista especialista em Nutrição Materno-Infantil e Nutrição Clínica, com foco em atendimento Pediátrico, Tentantes, Gestantes e Lactantes

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Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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