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Conversas Maternas - Eduardo Duarte
Foto do escritorPor Vanessa Monteiro

Seletividade alimentar, o que fazer?

A seletividade alimentar é a preferência restrita por certos alimentos, onde a criança rejeita outros com base em cor, textura, ou sabor. Está associada a fatores sensoriais ou condições como o autismo.


mãe alimentando bebê com seletividade alimentar.

A seletividade alimentar faz parte de um conceito maior chamado "dificuldade alimentar". Esse termo aborda várias condições relacionadas a processos que atrapalham de alguma forma a alimentação e a nutrição da criança.


Ela é uma queixa muito comum na infância e que leva os pais ao consultório dizendo: “meu filho não come”.


Quem não conhece uma criança que “só” come isso ou aquilo? Que a mãe tem que levar comida especial para os lugares? Que só come em restaurantes específicos ou do feijão que a vovó faz?


Seletividade alimentar, o que fazer?

A seletividade pode ter causas orgânica, de desenvolvimento e comportamental. Por isso, a avaliação profissional é necessária e a participação da família no tratamento é um componente fundamental.


A dificuldade alimentar é caracterizada principalmente, pela redução do número de alimentos que a criança consome. Existem sinais que são importantes na seletividade alimentar e que indicam a necessidade de ajuda profissional, como quando a criança:


  • Come menos de 30 alimentos;

  • Recusa a alimentação com freqüência;

  • Come muito devagar;

  • Só come com distração de telas;

  • Faz uso prolongado de mamadeira;

  • Apresenta dificuldade em aceitar novos alimentos e/ou texturas;

  • Rejeita grupos inteiros de alimentos (verduras, legumes, frutas, carnes...);

  • Precisa de refeição especial;

  • Não consegue comer junto com a família.


Essa criança precisa de olhar atento dos pais e profissionais, pois pode trazer prejuízos na saúde da criança como baixa imunidade, comprometimento cognitivo, paladar alterado, baixo ganho de peso e crescimento, anemia, provocados pela falta de nutrientes como zinco, ferro, vitaminas C e do complexo B.


Além disso, quando a dificuldade está relacionada a evolução da consistência (exemplo: pastosa para pedaços), ela pode até comprometer o desenvolvimento da fala por não exercitar e fortalecer os músculos da mandíbula devido a mastigação ineficiente ou até mesmo inexistente.


CAUSAS DA SELETIVIDADE



criança com seletividade alimentar comendo

A seletividade pode ter causas orgânica, de desenvolvimento e comportamental. Por isso, a avaliação profissional é necessária e a participação da família no tratamento é um componente fundamental.


Uma das causas comuns para o surgimento dessa condição se dá no início da alimentação complementar (introdução alimentar), quando feita em um período em que a criança ainda não se encontra pronta, isto é, faltam sinais de prontidão que sinalizam um desenvolvimento que permita a transição de leite para alimentos sólidos.


Outras causas podem estar relacionadas à alergia alimentar e estilo parental comportamento dos pais ao oferecer a alimentação para o filho.


O TEA E A SELETIVIDADE ALIMENTAR

No Transtorno do Espectro Autista (TEA), normalmente há um comportamento repetitivo e interesse restrito que acaba extrapolando para a alimentação e relação da criança com a comida.


Além disso, cerca de 78 a 90% das crianças no espectro autista possuem transtorno do processamento sensorial.


Neste transtorno, toda a experiência sensorial como odores, texturas, sabores e cores podem favorecer a recusa a certos tipos de alimentos. Por isso, a seletividade se mostra como uma condição muito freqüente no TEA, principalmente relacionada à consistências, cores dos alimentos e marcas de produtos específicas.


Atenção, mais importante do que o que fazer nesses casos, é saber o que NÃO FAZER. Portanto, evite:


  • Forçar a comida com o talher. Isso estressa adultos e crianças e pode gerar traumas e recusas ainda mais freqüentes;

  • Chantagear a criança com sobremesa, por exemplo, para que ela “raspe o prato”;

  • Utilizar telas como celular, TV e tablet, que desviam a atenção e fazem com que a criança não identifique e não veja o que está comendo;


Freqüentemente o tratamento precisa de uma equipe interdisciplinar, com a participação do pediatra, da nutricionista, da terapeuta ocupacional e da fonoaudióloga.


É importante que os profissionais conversem entre si para definir a individualização e a melhor abordagem para cada criança.


DICA DA NUTRI: Se eu pudesse deixar uma mensagem, seria: "Não se culpe!". Quando a criança não come ou tem dificuldades alimentares, a tendência dos pais é fazer de tudo para que isso melhore. Procure orientação profissional e comece o quanto antes o tratamento.


E para os profissionais, escutem as queixas dos pais. Dificuldade em comer algo não é frescura. Investigue.


*Vanessa é nutricionista especialista em Nutrição Materno-Infantil e Nutrição Clínica, com foco em atendimento Pediátrico, Tentantes, Gestantes e Lactantes

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Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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